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15 de Fevereiro – Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil

15 de February de 2022

15 de Fevereiro – Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil
 
Trata-se da primeira causa de óbitos entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Porém, com o tratamento adequado e o diagnóstico precoce, as chances de cura podem chegar a 80%. 
A cada 3 minutos uma criança morre vítima do câncer no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No dia 15 de fevereiro ocorre o Dia Mundial de Combate ao Câncer Infantojuvenil, doença que mais mata crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, respondendo por cerca de 8% das mortes infantis, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). 
Para os especialistas, não há dúvidas: o diagnóstico precoce aumenta a possibilidade de cura e sobrevida dos pacientes. O INCA estima que, no Brasil, o número de casos novos de câncer infantojuvenil, para cada ano do triênio, será de 137,87 novos casos por milhão no sexo masculino e 139,04 por milhão para o sexo feminino.
O câncer infantojuvenil pode ocorrer na criança independentemente de sua idade, sexo, cor ou etnia, condição nutricional ou socioeconômica. Estima-se que metade dos casos ocorrem antes dos cinco anos de idade, 25% entre 5 e 10 anos de idade e os outros 25%, na adolescência. A leucemia linfóide aguda (LLA) é o tipo de câncer mais comum nas crianças. 
 Um artigo publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) informa que, na criança, o câncer acontece de forma diferente do adulto. “Originam-se, predominantemente, de células embrionárias, possuem curto período de latência e, em geral, apresentam crescimento rápido, são mais agressivos e invasivos, porém respondem melhor ao tratamento e possuem, em geral, melhor prognóstico que o câncer do adulto”.
 Segundo a associação, a maioria dos cânceres infantis resultam de mudanças no DNA que acontecem no início da vida da criança, às vezes antes do nascimento. “Essas mutações são adquiridas, e estão presentes apenas nas células neoplásicas. Na maioria dos estudos hoje disponíveis não há evidências que suportem papel etiológico maior para os fatores ambientais ou outros fatores exógenos no câncer infantojuvenil”, esclarece a SPB.
 Sendo assim, diferentemente do adulto, na criança e adolescente raramente é possível a prevenção primária do câncer, exceto pela vacinação contra hepatite B e contra papilomavírus humano (HPV). No entanto, a SBP também reforça que é fundamental atuar na prevenção secundária, principalmente no diagnóstico precoce da doença.
 Especialistas afirmam que diagnosticar o câncer precocemente garante menor impacto na saúde da criança e maiores chances de cura e sobrevida. Atualmente, cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos pelo câncer podem ser curados. “O diferencial, como sempre, é o diagnóstico precoce”.
 No Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. Segundo médicos, alguns sinais podem ser observados por pais e profissionais da saúde. São eles:
• Leucemias: pela invasão da medula óssea por células anormais, a criança se torna mais sujeita a infecções, pode ficar pálida, ter sangramentos e sentir dores ósseas;
• Retinoblastoma: um sinal importante é o chamado reflexo do olho do gato, embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, por meio de fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) ou estrabismo (olhar vesgo). Geralmente acomete crianças antes dos três anos. Atualmente, a pesquisa desse reflexo pode ser feita desde a fase de recém-nascido;
• Tumor de Wilms (que afeta os rins) ou neuroblastoma: aumento do volume ou surgimento de massa no abdômen;
• Osteossarcoma (tumor no osso em crescimento): tumores sólidos que se manifestam pela formação de massa, visível ou não, e causa dor nos membros;
• Tumor de sistema nervoso central: os sintomas são dores de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de comportamento e paralisia de nervos.
 É importante que os pais também estejam alertas para o fato de que a criança não 'inventa' sintomas e que, ao sinal de alguma anormalidade, levem seus filhos ao pediatra para avaliação. É igualmente relevante saber que, na maioria das vezes, esses sintomas estão relacionados a doenças comuns na infância, mas o acompanhamento de sintomas que se prolongam além do habitual deve incluir avaliações adicionais do médico especialista. Quando falarmos sobre o câncer podemos pensar em câncer e assim irmos atrás do diagnóstico precoce. 
 Identificar precocemente o câncer infantojuvenil é determinante para que o tratamento tenha mais chances de apresentar resultados positivos. A partir da diminuição do tempo entre o aparecimento de sinais e sintomas do câncer e o diagnóstico em um serviço especializado, as chances de cura são potencializadas com o diagnóstico em seus estágios iniciais.
 
 Apesar dos avanços científicos, as taxas de cura das crianças e adolescentes, com câncer no Brasil, ainda ficam aquém daquelas encontradas nos países desenvolvidos. Vários são os fatores que contribuem para esse fato. Desde a dificuldade de suspeitar da doença na Atenção Básica (porta de entrada preferencial do sistema único de saúde- SUS) até o diagnóstico preciso e o tratamento adequado nas unidades de saúde. 
 
 É preciso encurtar o tempo de encaminhamento destes pequenos pacientes às unidades de saúde de referência do tratamento do câncer infanto-juvenil. É preciso capacitar os profissionais da Atenção Básica de saúde de todo o país. 
 
 O câncer e suas consequências devem ser tratados como prioridade por governos de todas as suas esferas, por empresas, ONGs e por indivíduos. O diagnóstico precoce é, portanto um dos pilares para que isso aconteça. 
 
 Quando os profissionais da saúde são capacitados para suspeitar dos primeiros sinais e sintomas e encaminhados para os serviços de referência habilitados para o tratamento, os pacientes têm mais chance de sobrevida e os custos do tratamento são menores. 
 
 O percentual mediano dos tumores infanto-juvenis na população brasileira é de 3%. Mesmo assim representa a primeira causa de morte, por doença, na faixa etária de 1 a 19 anos.

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